Quando as palmadas são crime...

Educar sem bater é possível. E há mais de três décadas que a Suécia tem vindo a provar isso ao mundo.
Ontem, ao ver um programa da SIC Notícias, fiquei estupefacta quando percebi que esse país já instaurou uma lei que proíbe a punição corporal a crianças desde 1979... Os portugueses ainda estavam a recuperar do 25 de Abril e os suecos já publicavam leis desse gabarito!

Imagem retirada daqui.

A lei sueca não proíbe apenas as agressões corporais, mas também as simples ameaças! Um cenário em que um pai ameaça o seu filho que lhe vai dar uma palmada é completamente impensável na Suécia. E, se por acaso isso acontecer e for presenciado, os pais terão direito a uma "simpática" visita dos serviço sociais suecos para averiguarem a situação e tomarem medidas drásticas (que vão desde a prisão até à proibição de contactarem com os filhos)
Fiquei chocada com a história de um casal que vive na Suécia e a quem foram retirados os filhos. O pai costumava repreendê-los com uma palmada e, um dia, uma das filhas fez um comentário na escola sobre isso. Azar o deles: a Segurança Social apareceu alguns dias depois e, depois de confirmarem que já tinham batido nos seus filhos, resolveram separar a família. Pais para um lado (incluindo alguns dias em prisão) e filhos para outros (em famílias de acolhimento)...
Não será tudo isto exagerado?


Educar sem bater é possível. É. Mas será que uma palmada é motivo suficiente para destruir uma família? O que acham?

5 comentários:

  1. è realmente um tema complicado. eu pessoalmente acho que uma palmadinha para que os faça chamar à atenção nunca matou ninguém. Eu levei qd era miúda e não é por isso que hj sou uma adulta traumatizada. Já sabia dessa lei e acho um exagero. Uma coisa é uma palmadinha que nem doi, outra é a agressão violenta.

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  2. Essa lei é exagerada, sem dúvida. Uma palmada no rabo na hora certa nunca fez mal a ninguém... Quando vejo referências à Suécia que a mostram como um país perfeito, de pessoas felizes, licenças de maternidade prolongadas, boas escolas, etc., a mim só me vem à ideia a música do outro "... e na Suécia suicidam-se aos mil...". É um país muito peculiar, sem dúvida. Bjs

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  3. Também educo sem recorrer a palmadas. A ameaça ou elevação da voz (pontual) resulta.
    Não acho que a palmada resulte. No caso do Martim, nunca foi necesssário (mas já lhe dei 1 ou outra sem o magoar). Mas também sou super contra a permissividade. Por vezes, a ausência de contacto físico portador de carinho e frieza (que também caracterizam esses povos), no caso do nosso, seria uma violência também . É tudo uma questão cultural. Não sou fundamentalista, apesar de não bater no meu filho, se fosse necessária pontualmente uma palmada se estivesse a merecer, penso que não seria nenhum crime. Sou virada para educação para os afetos mas com regras e muito amor. Enfim, depende de muitos fatores. Vou partilhar o teu post. Está muito bom. Beijinhos

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  4. É perfeitamente possível educar sem palmada. Pelos vistos os suecos já o fazem há 30 anos!
    Eu decidi não usar a palmada em momento algum. A verdade é que bater não é mesmo a minha onda, mesmo que não tivesse tomado essa decisão de forma tão consciente, creio que nunca me sentiria confortável a bater na minha filha.
    O que me irrita solenemente é que de cada vez que digo isto, as pessoas assumem que sou permissiva!...

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  5. Para se educar não é preciso bater seja de que maneira,sou mãe e agora avó há 2meses nunca batemos na nossa filha, tenho em conta que ela siga as mesmas regras como foi educada. pois nunca precisamos de usar violência, bastava o tom de voz.Existem adultos que precisavam mais de apanhar do que as crianças.
    Acho uma cobardia, bater num ser que é frágil e inofensivo.

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